segunda-feira, 27 de agosto de 2012

Processo de outorga de água no Estado pode demorar até um ano apenas para iniciar



Processo de outorga de água no Estado pode demorar até um ano apenas para iniciar

O Fórum Democrático de Desenvolvimento Regional (FDDR) realizou audiência pública no Centro de Integração do Mercosul, na Universidade Federal de Pelotas (UFPel), na manhã desta sexta-feira (17), para debater questões relacionadas à água. Novamente, o principal assunto trazido foi a falta de estrutura dos órgãos ambientais no Estado. Segundo relatos dos presentes, um processo de outorga de água no Estado chega a demorar um ano apenas para iniciar.
Abertura
Representando o presidente da Assembléia Legislativa, Alexandre Postal, o deputado José Sperotto (PTB) explicou aos presentes que o Fórum Democrático é amplo na sua formação e também na sua finalidade, que inclui ouvir e debater assuntos específicos de interesse das regiões. A respeito da polêmica sobre as concessões de serviços de água e esgoto, o parlamentar afirmou que, em sua opinião, o município deve ter o direito de decidir se vai explorar por conta própria ou conceder à iniciativa privada.
O promotor Paulo Charqueiro, em nome do procurador-geral de Justiça do RS, Eduardo de Lima Veiga, afirmou que o Ministério Público, sempre que é convidado, não se furta de participar da discussão dos temas que dizem respeito ao Estado. “Pelotas está cercada de água, mas temos carência de água potável”, lamentou. Ele reiterou que o acesso à água é um direito fundamental de todos e um desafio não só para a Assembléia Legislativa, mas para toda a sociedade. “Precisamos encontrar uma concertação para o uso da água”, frisou.
A professora Carmen Nogueira, representando o anfitrião, o reitor da UFPel, César Borges, destacou que a realização de uma audiência pública é uma oportunidade ímpar. “Hoje, temos a satisfação de tê-la em nossa casa", disse. "A universidade tem o dever de devolver o investimento que nela é feito; por isso, estamos sempre de portas abertas”, completou.
O coordenador do Grupo Executivo de Acompanhamento de Debates (Gead) sobre Sustentabilidade Ambiental, Lélio Falcão, abriu os debates destacando a preocupação do Fórum Democrático com a economicidade das audiências públicas que estão sendo realizadas no interior do Estado até a próxima sexta-feira. Ele explicou que, tendo em vista os custos, foi planejada a realização de apenas uma viagem para cada duas audiências públicas, totalizando oito audiências. Os únicos integrantes da comitiva da Assembleia cujas viagens estão sendo custeadas pelo Parlamento são uma representante da direção do Fórum, um motorista, uma jornalista e duas funcionárias da Taquigrafia.
Falcão afirmou que a região de Pelotas caracteriza-se pela distribuição irregular de chuvas durante o ano, com períodos de falta e outros de excesso de água. Para ele, é possível resolver esse problema através da engenharia e de vontade política. “Nòs não sabemos reservar a água”, avaliou.
Sobre esse assunto, o engenheiro Arnaldo Soares, do Serviço Municipal de Saneamento de Pelotas (Sanep), anunciou que já está em fase de licitação a construção do sistema de captação, tratamento e transporte da água do Canal São Gonçalo, que, segundo ele, poderá resolver o problema de abastecimento público no município.
Municípios e a água
O coordenador do Grupo Executivo de Acompanhamento de Debates sobre Cadeias Produtivas e Arranjos Produtivos Locais (APLs), Ivan Feloniulk, explicou que 70% da água existente é utilizada na agricultura e 24% na indústria. Mas são os 6% restantes, que têm uso urbano, que geram a maior poluição. “Resolver isso é missão só do município?”, questionou. Ele também atribuiu a todos os partidos a responsabilidade pela falta de estrutura da Fundação Estadual de Proteção Ambiental (Fepam), pois, segundo o advogado, todos já teriam passado pelo governo estadual. Atualmente, os processos de outorga de água chegam a demorar um ano para iniciar.
Em relação à proposta de utilização emergencial de convênios com universidades para acelerar os processos de outorga de água por parte da Fepam, o coordenador do curso de Gestão Ambiental da UFPel, Celso Corrales, afirmou que a universidade não pode ser concorrente de seus alunos na prestação desse tipo de serviço. Adiante, durante a audiência, foi sugerido que essa medida fosse emergencial.
O geólogo e professor da UFPel Luis Eduardo Novaes defendeu a necessidade de aproximação entre as universidades e a sociedade, para que o conhecimento produzido não fique enclausurado no mundo acadêmico. Novaes também enfatizou que é preciso introduzir a categoria dos geólogos nos órgãos públicos, com a realização de concursos públicos.
O representante do Grande Oriente do Rio Grande do Sul (Gorgs), Antonio Jorge de Lima, mencionou em seu discurso a importância da educação ambiental, de maneira a habituar as pessoas às boas práticas ambientais desde pequenas.
O economista Tirone Michelin, integrante do Gead Cadeias Produtivas e APLs, destacou que é preciso mostrar caminhos que gerem PIB, mas que, muito mais do que isso, redundem em bem-estar social. “Quem tem de saber o que a cidade precisa são vocês que estão aí, na platéia”, indicou. Ele também explicou que a idéia de utilizar as universidades para auxiliar no trabalho da Fepam seria uma medida emergencial e não perene.
Outro assunto comentado na audiência foi o fato de que a grande maioria dos recursos do Ministério da Integração Nacional estão indo para o estado de origem do ministro da pasta. Para tratar desse e de outros assuntos, o Fórum Democrático realiza no dia 5 de setembro, às 14h, um encontro com representantes do ministério no Espaço da Convergência, na Assembléia Legislativa.
Tanto a audiência pública de Camaquã quanto a de Pelotas contaram com a presença do relator do Gead Cadeias Produtivas e APLs, Leandro Tusi de Borba, assim como os demais membros do Colégio Deliberativo do Fórum Democrático. Também estiveram presentes representantes dos gabinetes dos deputados Álvaro Boéssio (PMDB), Aldacir Oliboni (PT) e Jeferson Fernandes (PT).
O diagnóstico que está sendo feito pelo Fórum Democrático por meio das oito audiências públicas será concluído em um evento liderado pela presidência do Parlamento no dia 29 de agosto, no Parque de Exposições Assis Brasil, em Esteio, durante a Expointer. 


Pesquisador apresenta solução inédita para a merenda escolar



Pesquisador apresenta solução inédita para a merenda escolar 



O Fórum Democrático de Desenvolvimento Regional (FDDR) realizou na tarde desta segunda-feira (27), na Expointer, o fechamento das oito audiências públicas promovidas no interior gaúcho nos meses de julho e agosto, através dos Grupos Executivos de Acompanhamento de Debates (Geads) sobre Cadeias Produtivas e Sustentabilidade Ambiental. Durante o evento, foi apresentada uma solução inédita para a merenda escolar e o combate à fome no Brasil: a anchoíta, um pescado cuja pesquisa para o uso comercial foi realizada pelo Instituto de Oceanografia da Fundação Universidade Federal de Rio Grande (Furg). A anchoíta tem uma composição nutricional perfeita e é a única espécie capaz de proporcionar o aumento da produção brasileira de pescado.
 
Convidado pelo integrante do Gead Cadeias Produtivas e APLs, Tirone Michelin, o pesquisador Lauro Madureira apresentou os resultados da pesquisa com alunos da rede pública em 50 municípios gaúchos. A anchoíta enlatada teve uma aceitação de 70%, constituindo-se na grande alternativa para a sardinha, cuja presença está em queda na costa brasileira, demandando uma importação de cerca de 40 mil toneladas por ano.
 
De acordo com o especialista, estima-se que no Estado exista um estoque de cerca de 1 milhão de toneladas do peixe, sendo que 100 mil podem ter uma exploração sustentável. Para ser ter uma ideia do que isso representa, a produção total de sardinha por ano é de apenas 60 mil toneladas. A partir da cabeça e vísceras, também podem ser produzidos farinha e óleo. O novo produto poderá reduzir a dependência do Brasil em relação à sardinha e ainda contribuir para o aumento do consumo de peixe pela população.
 
Prefeituras podem ser principais compradores
A partir da pesquisa, a Furg dominou a tecnologia e chegou a um produto acabado, inclusive com a quantificação dos custos. "Falta apenas o comprador. Quem pode comprar são as prefeituras", recomendou o pesquisador. Segundo ele, o valor da tonelada da anchoíta in natura pode ser estimado entre R$ 1 mil e R$ 1,5 mil. A partir da compra, será iniciada a produção comercial.
 
Criação da RS Parcerias
O representante do Rotary Club, Tirone Michelin, afirmou que um dos grandes problemas levantados nas audiências públicas no interior tem sido a falta de capacidade de investimento do Estado. Para enfrentar essa questão. o econonmista tem defendido a necessidade de revisão da dívida do Estado com a União, cujo montante era de R$ 11 bilhões, já tendo sido pagos R$ 12 bilhões e ainda restando R$ 40 bilhões para pagar.
 
Michelin voltou a defender a criação de uma empresa pública de parcerias com um capital inicial igual ao estoque de créditos a receber das prefeituras e órgãos públicos, que, coincidentemente, também é de R$ 40 bilhões. Ele também ratificou a ideia de criação de um instituto de mineração no RS, mencionada pelo público nas audiências de Camaquã e Pelotas.
 
O coordenador do Gead Cadeias Produtivas e APLs, Ivan Feloniulk, salientou alguns tópicos mencionados nas audiências públicas no interior. Ele falou sobre a falta de apoio para a fruticultura, a necessidade de diversificação agrícola, a presença do Badesul na audiência de Vacaria, os problemas trabalhistas enfrentados pelos produtores de maçã, o desaparelhamento dos órgãos ambientais do Estado, o aumento recente do quadro de técnicos do Departamento de Recursos Hídricos, a necessidade de destravamento das licenças ambientais no Estado e a necessidade de incentivos para a mineração e para a agricultura.
 
Chuvas irregulares aumentarão
O diretor do Fórum Democrático, Sérgio Sady Musskopf, convidou os presentes para o Simpósio Gaúcho das Águas, que ocorre no dia 15 de outubro, no Teatro Dante Barone, com palestrantes nacionais e internacionais. Com o evento, pela primeira vez, ficarão registrados no Estado trabalhos científicos sobre a água da chuva.
 
De acordo com Musskopf, estudos da Nasa indicam que vai chover cada vez mais no planeta, mas de forma crescentemente irregular. "Teremos de aprender a segurar a água onde ela cai", alertou. O especialista afirmou que é necessário manejar a água nas bacias hidrográficas gaúchas de maneira que ela se infiltre no solo e, assim, contribua para diminuir as inundações e aumentar a capacidade do Aquífero Guarani.


http://www2.al.rs.gov.br/noticias/ExibeNoticia/tabid/5374/IdMateria/276557/language/pt-BR/Default.aspx

sábado, 18 de agosto de 2012



Mapa geológico indica a presença de diamante no Estado

O Fórum Democrático de Desenvolvimento Regional (FDDR) realizou na última quinta-feira (16), em Camaquã, audiência pública para tratar da cadeia produtiva de rochas e granitos. Durante a audiência, o geólogo Valter Goldmayer afirmou que o mapa geológico do Estado indica a presença de diamante na região de Quaraí. Devido ao potencial do setor, ele sugere mais investimentos. “Não existe desenvolvimento sem extração mineral; não se faz casa; não se faz parede; não se faz rua. Por isso, esse setor tem de ser apoiado”, defendeu. “Parabéns por estarem aqui”, completou.
Na abertura da audiência, o deputado José Sperotto (PTB) saudou a presença do ex-prefeito e secretário da Agricultura, João Carlos Machado, e salientou a importância de serem levantados mais dados sobre a cadeia produtiva de rochas e granitos, já que os existentes são precários. Sperotto representou na audiência o presidente da Assembleia Legislativa, Alexandre Postal.
Potencialidades e problemas
O coordenador do Grupo Executivo de Acompanhamento de Debates (Gead) sobre Cadeias Produtivas e Arranjos Produtivos Locais, Ivan Feloniulk, sugeriu que a sociedade da região da Costa Doce se organize para formar o Arranjo Produtivo Local (APL) das Rochas e Granitos, para obter apoio financeiro de programas do governo do Estado. Ele também sugeriu que o município de Camaquã aproveite a resolução do Conselho Estadual do Meio Ambiente (Consema) que permite que a liberação para a utilização de áreas de até 2 hectares seja feita pelos municípios. “É hora dos municípios tomarem as rédeas do licenciamento ambiental”, conclamou.
O coordenador do Gead sobre Sustentabilidade Ambiental, Lélio Falcão, apresentou uma publicação editada pela Universidade Federal de Pelotas (UFPel) sobre a região Escudo Rio-grandense, onde se localiza Camaquã. Falcão salientou o potencial econômico do granito. Segundo ele, 1m cúbico de granito bruto vale apenas de US$ 100 a US$ 200, enquanto o granito serrado e polido pode valer até US$ 3 mil. O engenheiro também afirmou que é difícil enfrentar a concorrência do Espírito Santo, que oferece o produto por um preço inferior, devido aos impostos e restrições ambientais menores. Ele apontou a alta tributação, a questão ambiental, a ausência de crédito e a baixa qualificação de mão-de-obra e das empresas (equipamentos) como os principais obstáculos ao desenvolvimento da cadeia produtiva no Estado. Disse também que tijolos e telhas vêm de Santa Catarina, pois o preço é menor.
O geólogo Valter Goldmayer afirmou que o setor mineral precisa de investimentos em tecnologia que possibilitem, por exemplo, a introdução do corte a laser. Ele explicou que o Estado tem cerca de 200 tipos de granito diferentes, mas só há teares para cortá-lo em seis cidades. Segundo o especialista, Camaquã é rica em granito, mas o calçamento do município, por exemplo, é feito com basalto trazido da Serra. O principal problema nesse caso é o licenciamento ambiental para a extração do produto. Goldmayer também sugeriu que sejam aproveitados os benefícios oferecidos pelo novo Código Florestal na área de mineração. “O novo código permite, por exemplo, que se faça mineração em APPs”, esclareceu.
O minerador Sílvio Pinto afirmou que se sente impotente e que é prejudicado pelas altas despesas, pela burocracia, pelos problemas com os órgãos ambientais, pela falta de profissionais e pela perda de material. Aproveitou para sugerir a criação de escolas de aprendizagem de extração de blocos minerais. “Pediria que alguém se aproximasse dos políticos e nos ajudasse”, disse.
Criação de empresa de parcerias
O economista Tirone Michelin sugeriu que o licenciamento ambiental seja feito por meio de convênios entre o Estado e as prefeituras e universidades, de maneira a aumentar o número de pessoas trabalhando e acelerar o andamento dos processos. Atualmente, tramitam na Fundação Estadual de Proteção Ambiental (Fepam) cerca de 12 mil processos. Outra sugestão do economista foi a criação de uma empresa municipal de parcerias tendo como capital as dívidas de que o município é credor. Segundo ele, esse tipo de recurso geralmente fica num “limbo contábil” e acaba não sendo utilizado. “Esse dinheiro pode servir para encostar num empreendimento viável e servir de garantia junto ao BNDES”, afirmou. A empresa seria uma holding destinada a fazer parcerias com o setor produtivo. Michelin frisou que uma empresa semelhante existe em Santa Catarina e atua com sucesso. A ideia é de que uma empresa desse tipo seja uma espécie de braço empreendedor do poder público.
O vereador André Oswaldt (PDT), representando a Câmara de Vereadores de Camaquã, agradeceu pela presença do Fórum Democrático no município e afirmou que também gostaria que o calçamento da cidade fosse feito com o granito da própria região. “Temos a matéria-prima aqui; é só extraí-la”, disse. “A burocracia e a legislação ambiental emperram e não deixam que o progresso aconteça”, analisou.


http://www.crea-rs.org.br/site/index.php?p=ver-noticia&id=156


quarta-feira, 8 de agosto de 2012

NOSSO CLUBE INICIOU CONTATOS NO PERU


NOSSO CLUBE INICIOU CONTATOS NO PERU



 ATRAVÉS  DE  SEU COORDENADOR DE  ASSUNTOS INTERNACIONAIS 2012-13, EX-GOVERNADOR DO DISTRITO 4680 TIRONE  LEMOS MICHELIN, NOSSO CLUBE  INICIOU TRATATIVAS  DE PARCERIAS COM O ROTARY CLUB MIRAFLORES, DO PERU, QUE PERTENCE AO DISTRITO 4450 E FOI ADMITIDO EM ROTARY INTERNACIONAL EM PRIMEIRO DE ABRIL DE 1947.  O COMPANHEIRO MICHELIN  VISITOU O CLUBE, APROVEITANDO VIAGEM PROFISSIONAL, E CONVERSOU COM A PRESIDENTE E  DIRETORIA  DAQUELE CLUBE.  O RC MIRAFLORES  É UM DOS PRINCIPAIS DO PERU E CONTA COM 30 COMPANHEIROS. ESTÁ LOCALIZADO NA CAPITAL DO PAÍS,  LIMA, QUE CONTA COM UMA POPULAÇÃO DE  QUASE  10 MILHÕES  DE  HABITANTES.



sexta-feira, 3 de agosto de 2012

Comitê Rio Passo Fundo - Cachoeira do sul apresenta pleitos e sugestões para a questão da água


Cachoeira do sul apresenta pleitos e sugestões para a questão da água





A Assembleia Legislativa, por meio do Fórum Democrático de Desenvolvimento Regional, esteve, na manhã dessa sexta-feira (3), no município de Cachoeira do Sul para tratar do tema “Água: Subterrânea, Superficial e no Ar”. O encontro foi realizado no Auditório da Universidade Aberta do Brasil sob a coordenação do diretor do Fórum Democrático, Sérgio Sady Musskopf, com as presenças dos deputados Edson Brum (PMDB) e Altemir Tortelli (PT). Representantes da região pediram investimentos nos comitês de bacias, a implantação dos planos de bacias e agilidade na outorga dos direitos do uso da água.
O deputado Edson Brum (PMDB) registrou que, em meio às múltiplas atividades parlamentares – visitou 61 municípios durante o recesso parlamentar –, fez questão de comparecer à audiência em razão do compromisso que tem com Cachoeira do Sul e região. Destacou a importância de discutir o futuro do Estado e defendeu a necessidade de controle e fiscalização pública da água. Declarou-se favorável a uma Proposta de Emenda à Constituição (PEC) do deputado Luis Fernando Schmidt (PT) que, na sua avaliação, apresenta um erro de redação, mas é válida quanto ao mérito. Também relatou a situação de Rio Pardo e o esforço realizado no local para regularizar a questão da água. “É uma região que tem rios e arroios, com terras baixas, e é fundamental a preservação desse ambiente, por isso a importância dessa discussão”, declarou.
O deputado Altemir Tortelli (PT) parabenizou o Fórum Democrático pela iniciativa de viajar pelo Estado recolhendo propostas para contribuir com o governo em temas relevantes como o da água. “Nos últimos anos, tivemos muitas estiagens, as projeções apontam para a continuidade do problema e temos que produzir ações”, disse o parlamentar. “A base da produção agrícola depende da água, depende da irrigação, temos vários programas que possibilitam investimentos nessa área, mas dependendo de como isso for efetivado, pode faltar água em outro lugar”, acrescentou. O deputado garantiu que vem acompanhando os debates por meio do Fórum e também como integrante da Comissão de Agricultura, Pecuária e Cooperativismo.
O engenheiro e coordenador do Gead de Sustentabilidade Ambiental, Lélio Falcão, disse que tecnicamente existem maneiras de enfrentar os problemas relacionados à questão da água, mas que é preciso discutir aspectos políticos. “Preocupa-nos esse tema porque, quando falta água, este é um problema do Rio Grande do Sul”, afirmou. Ele convidou os presentes a participarem, em janeiro, de evento sobre Sustentabilidade Ambiental durante a realização do Fórum Social Temático, que ocorrerá na Assembleia Legislativa.
Representando a Secretaria da Agricultura, Pecuária, Pesca e Agronegócio do RS, Ronaldo Moraes falou do Programa Mais Água, Mais Renda (clique aqui para acessar o decreto que institui o programa), que, conforme explicou, é um programa de governo que envolve várias secretarias para auxiliar no pagamento de kits de irrigação e na construção e reforma de açudes. “É um programa de fácil acesso”, afirmou.
A bióloga Aline Abreu da Silva, secretária-executiva do Comitê Baixo Jacuí, fez uma apresentação técnica sobre a Bacia do Baixo Jacuí. Explicou que a bacia ocupa 20% da região hidrográfica do Guaíba, abrangendo 40 municípios e ocupando uma área de 17 mil quilômetros quadrados. Ela mostrou mapas e gráficos, comprovando a riqueza hidrográfica da região, e falou da composição do Comitê Baixo Jacuí e das suas atribuições e atividades. “Vemos o Rio Jacuí e achamos que ele vai durar para sempre”, declarou. “Mas a água – de boa qualidade – não é um recurso infinito”, alertou.
Segundo ela, não existe um plano de bacia para a região atualmente. Há apenas a promessa. A bióloga esclareceu que o Comitê Baixo Jacuí não é contrário à cobrança pelo uso da água, mas defende que, antes dessa cobrança, seja implantado o plano de bacia. “É preciso ter um plano para depois poder cobrar”, disse. A bióloga afirmou ainda que há recursos e legislação relativa ao tema da água, mas, na sua avaliação, falta vontade política em solucionar  os problemas. Disse também que o Comitê pensa em acionar o Ministério Público para que a lei seja cumprida.
O secretário da Indústria e Comércio de Cachoeira do Sul, José Ronaldo Villanova Tonet, relatou as dificuldades enfrentadas pelo município em razão da estiagem. Disse que a Secretaria atendeu 380 famílias que não tinham água para beber e que ainda hoje continua atendendo a 30 famílias do meio rural. Segundo ele, muitas propriedades foram abandonadas por falta de água. Informou que o município investiu R$ 1 milhão em recursos próprios para a construção de poços artesianos e outras medidas. Também relatou a aquisição de um caminhão-pipa, ao custo de R$ 218 mil, que, junto com outros veículos, abasteceu a população com 3 mil metros cúbicos de água para beber. “No ano que vem, vamos ter que levar água de novo”, disse ele, com base em pareceres técnicos.

Outorgas
Milton Martins, da prefeitura municipal de Cachoeira do Sul, saudou a criação do programa Mais Água, Mais Renda. Pediu solução mais rápida também em relação à outorga pelo uso da água, a exemplo do que tem sido feito em relação aos açudes. A bióloga Aline Abreu da Silva somou-se ao representante da prefeitura no pleito por mais agilidade nas outorgas. Ela criticou o Sistema de Recursos Hídricos e a atuação da Secretaria do Meio Ambiente.

Mais participações
Participaram da audiência também Ivan Feloniuk, coordenador do Gead de Cadeias Produtivas e APLs; Tirone Lemos Michelin, coordenador do APL de Diversificação Agrícola; Leandro Tusi de Borba, relator do Gead de Cadeias Produtivas e APLs; Solon Duarte, coordenador do Fórum Democrático; Danilo Paulitsch, da Regional Sindical do Vale do Rio Pardo Baixo Jacuí; Henrique Witeck, da Secretaria do Meio Ambiente de Cachoeira do Sul; representantes da Secretaria de Obras Públicas, Irrigação e Desenvolvimento Urbano do Estado e do deputado Aldacir Oliboni (PT), entre outros.

Próximos eventos
O Fórum Democrático de Desenvolvimento Regional vem realizando uma série de oito audiências públicas Também está programado para o dia 1º de outubro, durante a Semana Interamericana da Água, um seminário no Teatro Dante Barone, na Assembleia Legislativa, para tratar da questão da água. Os próximos encontros programados são:
16/8 – Quinta-feira, às 19h – Camaquã. Tema: Rochas e Granitos
17/8 – Sexta-feira, às 10h – Pelotas. Tema: Água
23/8 – Quinta-feira, às 19h – Caxias do Sul. Tema: Água
24/8 – Sexta-feira, às 10h – Vacaria. Tema: Fruticultura

Encontros já realizados
26/07 – Quinta-feira – Passo Fundo. Tema: Água
27/07 – Sexta-feira – Soledade. Tema: Pedras Semipreciosas
02/8 – Quinta-feira, às 19h – Santa Maria. Tema: Turismo

03/8 – Sexta-feira, às 10h – Cachoeira do Sul. Tema: Água





http://cbhpf.upf.br/index.php/73-cachoeira-do-sul-apresenta-pleitos-e-sugestoes-para-a-questao-da-agua